domingo, 7 de fevereiro de 2010

Um todo feito de partes

Recentemente, em conversa com amigos (Victor Fernandes e Tiago Teixeira, a quem agradeço as formidáveis "tertúlias" nocturnas) algumas questões relacionadas com o campo da arte, e mais objectivamente, o meio fotográfico, voltaram a mitigar o meu pensamento.

Sem estar com um grande discurso a cerca do artista e da sua produção, um artista quando cria, cria segundo uma intenção e metodologia ou formatação. Inerente á arte, está presente um carácter interpretativo por aquele a que chamamos publico. Esta subjectividade presente no discurso da arte nunca foi uma contrariedade ou problema para a criação artista. Pelo contrário foi e é muita vezes tema no qual, artistas se debruçam.

(Deixando de fora o problema de se o meu trabalho fotográfico é ou não arte) esta re-consciência da subjectividade interpretativa, levou-me apensar sobre a pertinência deste Blogue.

Com as minhas ultimas investidas na fotografia humanista, pratica e teórica, levou-me a gerar um linha orientadora bem precisa. A visão de conjunto deve-se sobrepor á visão individual de cada imagem.

Com este esquema mais ou menos periódico de submissão de fotografias no blogue, a leitura de quem acompanha (se há alguém que acompanhe) pode ser muito centrada na fotografia como individual, prejudicando a compreensão do todo.

Mas apesar de correr o risco desta má interpretação pelo "fruidor", não deixarei de colocar cá fotografias. Por um lado, este blogue tem sido fonte para a minha reflexão. Por outro, os próprios criadores do "Lisboa, cidade triste e alegre", editaram o seu livro em forma de fascículos. E embora este tipo de edição tenha sido devido á falta de dinheiro para lançarem o livro na integra, o importante é o que o trabalho final funciona como um todo.

Concluo... ou pelo menos espero concluir que, depois de cada apreciação de uma nova fotografia actualizada no blogue, o fruidor, aprecie o conjunto de fotografias como um todo.

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