quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Certa Imagem de Homem

"Imperativo é fazer regressar o Homem - uma certa Imagem de Homem – ao centro do Mundo. No novo quadro axiológico, inspirado pelo valor da solidariedade, a liberdade – liberdade solidária – obriga o Homem – digo-o como Baptista Machado nos ensinou – à participação na humanidade histórica como «ser-com-os-outros» e «ser-para-os-outros»".
Professora doutora Anabela Miranda Rodrigues, na abertura da cerimónia comemorativa do XXV aniversário do CEJ.



Anónimos na rua

Ainda mal tinha saboreado tempo livre, e já é novamente tempo de aulas.

Mas o pouco tempo que tive, deu para reunir mais algumas fotografias.
aqui ficam a memória de homens que passei, anónimos que me chamaram a atenção, pelo misterioso ou pela excentricidade aqui se fixaram.





quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Para lá de cá

Já escrevi demasiado. confesso que nunca fora minha ambição fazer deste blogue um página de fotografia com tanta redacção. por isso não me vou alongar, até porque nem tenho muito por onde me alongar, nada de especial para explicar.

aqui fica mais umas fotografias.. fotografias de rua.. a visão extrínseca á vida.. a minha visão ao longo de uma qualquer viagem... mais uma...



domingo, 7 de fevereiro de 2010

Um todo feito de partes

Recentemente, em conversa com amigos (Victor Fernandes e Tiago Teixeira, a quem agradeço as formidáveis "tertúlias" nocturnas) algumas questões relacionadas com o campo da arte, e mais objectivamente, o meio fotográfico, voltaram a mitigar o meu pensamento.

Sem estar com um grande discurso a cerca do artista e da sua produção, um artista quando cria, cria segundo uma intenção e metodologia ou formatação. Inerente á arte, está presente um carácter interpretativo por aquele a que chamamos publico. Esta subjectividade presente no discurso da arte nunca foi uma contrariedade ou problema para a criação artista. Pelo contrário foi e é muita vezes tema no qual, artistas se debruçam.

(Deixando de fora o problema de se o meu trabalho fotográfico é ou não arte) esta re-consciência da subjectividade interpretativa, levou-me apensar sobre a pertinência deste Blogue.

Com as minhas ultimas investidas na fotografia humanista, pratica e teórica, levou-me a gerar um linha orientadora bem precisa. A visão de conjunto deve-se sobrepor á visão individual de cada imagem.

Com este esquema mais ou menos periódico de submissão de fotografias no blogue, a leitura de quem acompanha (se há alguém que acompanhe) pode ser muito centrada na fotografia como individual, prejudicando a compreensão do todo.

Mas apesar de correr o risco desta má interpretação pelo "fruidor", não deixarei de colocar cá fotografias. Por um lado, este blogue tem sido fonte para a minha reflexão. Por outro, os próprios criadores do "Lisboa, cidade triste e alegre", editaram o seu livro em forma de fascículos. E embora este tipo de edição tenha sido devido á falta de dinheiro para lançarem o livro na integra, o importante é o que o trabalho final funciona como um todo.

Concluo... ou pelo menos espero concluir que, depois de cada apreciação de uma nova fotografia actualizada no blogue, o fruidor, aprecie o conjunto de fotografias como um todo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Bolhão, saco de Histórias

Ao falarmos do Porto é completamente impossível não falar do tradicional Bolhão. Lugar da tradição, do calão e de muita alegria que se vai esgotando com a crise e com as tentativas de fechar este lugar histórico.

E histórias, meus amigos, é coisa que não falta lá dentro. já sei muitas... Mas não vou desvendar todas para já. Tentarei sempre fugir ao signo que representa o Bolhão, as típicas fotografias pitorescas da venda e das vendedeiras a apregoar.

Não haverá no Porto, pessoas que estejam mais fartas de fotógrafos, que estas senhoras e senhores do Bolhão. Portanto toda e qualquer imagem lá feita, já vem banal e viciada. Por isso, ainda demorará tempo a que eu retire mais qualquer coisa do que o superficial conhecido.

Mas descobri duas caras simpáticas na altura certa. Infelizmente não me recordo dos seus nomes, mas prometo voltar a lá passar para saber. Este casal fazia no dia em que tirei a fotografia, na mais do que 50 anos de casados, situação que, ou muito me engano, se tornará raro nos anos que se aproximam.

o amor, esse ficou presente na fotografia.. espero eu :)

A loja do senhor Néné

Eu sei que me tenho tornando repetitivo ao falar dos amigos que faço nas ruas.
Mas é a melhor recompensa que podemos ter quando inclinamos a nossa máquina fotográfica sobre o humano.

Cruzamo-nos com as pessoas na rua e mais á socapa ou a meter um pouco de conversa, conseguimos fixar uma imagem. Mas se nos dão um bocadinho de atenção, temos o nosso melhor prémio, e os nomes ficam gravados na fotografia.

Esta fotografia já foi de uma segunda visita que fiz á oficina e loja do senhor Néné. Uma loja de reprodução de miniaturas de barcos do rio Douro.

Descoberta mais uma vez pelas vielas estreitas da ribeira, entrei para fazer umas fotos, mas acabei por fazer mais amigos que fotografias, um copo de vinho do porto com 50 anos e uma proposta para entrevista para o "Canal Porto".

Da primeira vez entrei pela loja com uma spotmatic. Da segunda, da qual resulta estas fotografias, levei a ampliação de uma fotografia para lhes oferecer. Eles muito gentilmente colocaram á entrada da loja.. Haverá melhor recompensa?



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pelos Saldos

De volta ao porto e de volta á fotografia. Mais um dia para fazer amigos, a dona Luciana e a Dona Lurdes, mais do que pousar para a fotografia, pediram-me para as fotografar, riqueza de velhinhas :)

Meio Perdido pelos saldos, levei a máquina fotográfica comigo. Apesar do sol estar presente todo o dia, as oportunidades só aparecerem quando a luz já se escondia por traz dos Clérigos. Isso não ajudou nada ás velocidades de disparo e portanto muitas das fotografias ficaram um pouco tremidas. Mas apesar de tudo ficam aqui algumas das fotografias de hoje.

A dona Luciana e a dona Lurdes com as suas amigas e amigos. Infelizmente de costas para mim, porque quando fui para junto delas e me pediram para lhes tirar "um retrato" a luz ja estava muito baixa e as fotografias ficaram com muito pouca qualidade.

E a minha fotografia favorita de hoje, um casalito bastante engraçado saltou aos meus olhos, quando se perdiam nos mimos, " e a cidade cá esta, para o(s) entreter, indiferente e fria, disposta a esquecer."O Zé" - Jorge Palma